Espelho ambíguo


Mostre-me algo distinto
Deste espelho ambíguo,
Que reflete estas minhas tristezas e alegrias,
Que me rebaixa e exalta.

Eu estive pensando no amor
Que não me move, não me muda,
Surjo então com meus pensamentos nus,
Para que caia em verdade este anseio que sempre foi claro,
Esta voz que soa, sem disfarces, do fundo do meu coração.

Perceba, ó felicidade,
Que enquanto tantos te desdenham, eu te quero.

E enquanto eu corro pra este destino louco
Rebaixo as guardas, as muralhas,
Pra que venha da forma que for
Embriagar-me de felicidade.

E que estes versos, dispersos e sem rima,
Possam, um dia, fazer o sentido
Que meu coração sempre procurou.




(não sei se posso dizer que "bateu a inspiração" porque estes versos quase não fazem sentido nenhum pra quem o lê) Após um bom tempo, voltei a escrever. E vamos torcer pra que a faculdade me dê de presente umas folguinhas de vez em quando.